Crise existencial

Aqui estou para o primeiro post de março. Não é maravilhoso? Eu também acho.
Mas o negócio é o seguinte, eu andei sumido nesse final de semana por causa de duas coisas extremamente corriqueiras: blecaute e crise existencial. A primeira demorou mais (até aí nenhuma novidade).
É, eu também tenho crises, a maioria de asma, mas de vez em quando eu também tenho aquelas mais brabinhas, as existenciais. Uma crise existencial é quando você não sabe o que é, não sabe pra onde vai e não sabe o que fazer (conheço muita gente que vive em crise existencial, a começar pelo bicho grilo ali da esquina), geralmente uma crise existencial é despertada por algo extremamente simples e insignificante como "me passa o sal" ou "quer nota fiscal paulista?". No meu caso foi "muitas felicidades, muitos anos de vida" (não para mim, mas para um aniversariante qualquer e eu acabei pescando a frase do nada). Comecei a pensar: "muitas felicidades"? "Muitos anos de vida"? Mas, afinal, do que adianta ter muitas felicidades e muitos anos de vida, a gente vai pro saco mesmo? Como você vai se lembrar dos seus muitos anos de vida se você vai estar morto e mortos não lembram do passado (e nem contam histórias, como diz meu amigo pirata). Não é por acaso que existe aquela frase: Recordar é viver. Já tentou recordar alguma coisa morto? É dureza.